Muitas pessoas acham que, por terem pelos, cães e gatos não passam frio no inverno. No
entanto, todos os animais de estimação, incluindo peixes, aves e outros,
precisam receber cuidados especiais nesta época do ano para que não sofram e
nem fiquem doentes.
Durante o inverno, os animais
sentem as mudanças causadas pela queda de temperatura e diminuição na
umidade. Sem os cuidados necessários, cães e gatos podem sofrer de doenças
respiratórias, osteoarticulares e oculares. Neste período, eles costumam
desenvolver sintomas como espirros, tosses, secreção nasal e febre.
Separamos algumas dicas sobre como
cuidar do seu pet durante o inverno:
PROTEÇÃO
Uma dúvida comum entre os
proprietários de pets é se é recomendado colocar roupinha no cachorro ou gato
para mantê-lo aquecido. Segundo a veterinária Karla Pedroso, do Centro
Veterinário da Pet Center Marginal, a prática é, sim, estimulada, especialmente
nos filhotes e animais mais velhos, que sentem mais frio. No entanto, é preciso
tomar cuidado com o tipo de tecido escolhido, já que alguns podem causar nós
nos pelos.
Os animais devem
ser protegidos do vento e da chuva. Por isso, casinhas, cobertas e roupas são
itens essenciais nesse período. Entre as raças que mais sentem frio, estão os
cães magros e de pelo curto, como o Pinscher e o Tekel. Já os cães que
apresentam várias camadas de pelo e subpelo, como o Chow Chow e o São Bernardo,
podem não precisar de roupas dentro de casa, mas ainda é importante que tenham
cobertores e abrigos à sua disposição.
Na hora dos passeios, além de vestir os
animais, é recomendado que se dê preferência a locais que não sejam expostos ao
vento e a chuva e que os tutores prefiram sair em períodos do dia em que a
temperatura esteja mais amena.
TOSA
No inverno,
as tosas mais curtas devem ser evitadas, já que a pelagem longa ajuda na
proteção. Essa recomendação é ainda mais importante no caso de animais idosos
ou que ficam ao relento.
APETITE DO
ANIMAL
É comum, em dias
frios, que o animal apresente aumento de apetite e passe a comer mais. A
recomendação é ficar de olho nas refeições do animal e, se for o caso, dosar a
quantidade.
VACINAS
Para os cães e
gatos, as pneumonias bacterianas são mais comuns no inverno. Por isso, as
vacinas devem estar em dia e os tutores devem evitar passeios em locais
com muitos animais. No frio, também é mais comum a contração de
traqueobronquite infecciosa canina, conhecida também como tosse dos canis,
doença altamente contagiosa e ainda mais perigosa entre idosos e filhotes.
ESCOVAÇÃO
Nos
dias frios, os animais tendem a se lamber mais e acabam engolindo mais pelos do
que o normal. Nos gatos, isso é mais preocupante, já que os pelos podem formar
bolas no estômago e levar à constipação intestinal. Nos cães, o principal
problema é a formação de nós, que podem levar a lesões de pele.
BANHOS
A
frequência de banhos nos animais deve ser diminuída e, para a limpeza, o
ideal é preferir dias de temperatura mais amena. A água do banho deve ser
morna e, logo depois, a secagem total do animal é essencial para que ele não
fique exposto ao clima. “O ideal é que o animal não saia de casa por 30 minutos
após o banho”, recomenda os especialistas.
EXERCÍCIOS
No
inverno, os animais tendem a mostrar menos disposição para atividades físicas.
Em casa, é importante o estímulo de brincadeiras que os façam gastar a energia
acumulada. Durante os passeios, quando possível, os tutores podem incluir
brincadeiras e corridas, de preferência em horários com mais sol.
HIBERNAÇÃO
Nos
dias muito frios é comum notar uma mudança no comportamento do animal, que por
vezes fica mais letárgico e sonolento. Quem tiver répteis em casa deve ter um
cuidado especial. “Eles não têm controle de temperatura corporal. Portanto, sua
temperatura é bem próxima a do ambiente. Caso os tutores não tenham aquecedores
específicos para a espécie, a hibernação poderá ocorrer principalmente nos
cágados, tartarugas e jabutis. Muitos proprietários confundem a hibernação com
o óbito do animal”, alerta os veterinários.
ANIMAIS FICAM GRIPADOS?
De
acordo com a veterinária Karla Pedroso, do Centro Veterinário da Pet Center
Marginal, os pets, assim como nós, também contraem doenças respiratórias.
"Embora eles possam ficar gripados em qualquer época do ano, quando as
temperaturas caem, a incidência aumenta. A doença pode ser causada por vírus,
bactérias e até fungos, que levam a crises de tosse semelhante a engasgos.
Outros sintomas comuns são espirros, secreção nasal ou ocular, febre, apatia e
falta de apetite.
OUTROS
ANIMAIS
As aves são bem sensíveis ao frio.
Certifique-se de que a gaiola não esteja em uma corrente de ar e lembre-se de
cobri-la à noite, quando a temperatura cai.
Como no caso dos répteis, que controlam sua temperatura
corporal ao sol, não podem ficar em um ambiente gelado e sem abrigo, pois
correm o risco de morrer. O mesmo ocorre com peixes que ficam em água fria
demais. É importante acoplar um termostato ao aquário, para controlar a
temperatura da água.
Quando a umidade do ar está muito
baixa, os cães e gatos apresentam os mesmos sintomas que nós: coceira nos
olhos, boca seca, dificuldade para respirar e desidratação. Raças caninas como
Shih-Tzu, Pug e Bulldogs, que têm o focinho curto e apresentam dificuldade para
respirar naturalmente, sofrem ainda mais.
Deixe sempre disponível um pote
com água potável fresca para amenizar o tempo seco e, em casos extremos,
coloque panos molhados ou umidificador de ar no ambiente em que seu bichinho
fica.
TEXTO ADAPTADO
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