Fiéis e dispostos a defender os tutores, o cachorro pode atacar
pelo simples instinto de defender seu território. O ideal, claro, é evitar o
confronto corpo a corpo. “Se encontrar um cachorro bravo, jamais olhe-o nos
olhos, porque ele interpretará isso como um desafio”.
Além dos
ferimentos provocados pelas mordidas – que podem ser fatais -, no ataque de um animal feroz existe o risco
de transmissão da raiva, doença que, se não for tratada a tempo, também pode
levar à morte. Algumas cidades brasileiras já seguiram o exemplo de países como
a Inglaterra, criando leis que obrigam raças mais perigosas a usar focinheira
em lugares públicos. Em Curitiba, a medida vale para Pastor Alemão, Fila,
Rotweiller, Doberman, Mastim Napolitano, American Staffordshire, Pitbull e Bull
Terrier – e qualquer outro cão com mais de 20 quilos.
Mas o que
pode provocar um ataque desses? “Existem vários motivos: instinto de liderança,
treinamento, medo, predação, sofrimento, brincadeira, defesa da prole ou mesmo
de objetos”, diz Mauro Lantzman, professor de Psicobiologia da PUC-SP.
Crianças, e profissionais como carteiros, lixeiros, leituristas de consumo
elétrico, água e gás, costumam ser as vítimas preferenciais. Mas o próprio dono
ou qualquer pedestre que estiver passando por perto também podem ser atacados.
O primeiro ponto durante um evidente risco de ataque é manter a
calma. Independente do lugar em que foi atacado não tente revidar ou
contra-golpear o cachorro, isso pode piorar muito a situação. Alguns
veterinários e especialistas indicam que a pessoa pode tentar escapar, mas deve
ter uma rota certeira para não correr o risco de ser alcançada pelo cachorro. A
dica é procurar portas abertas ou locais visíveis que possuam estrutura para se
esconder.
Como reconhecer um cão suspeito
1) O
animal mostra os dentes e pode rosnar ou latir nervosamente.
2) Os
pêlos da nuca e do dorso ficam eriçados.
3) As
orelhas ficam erguidas ou voltadas para a frente.
Para tentar evitar o ataque
1) Ao
perceber que o cachorro está lhe observando, pare e abaixe a cabeça. Não olhe
diretamente nos olhos do animal, pois essa atitude é como um desafio.
2) Não
faça movimentos bruscos. Ande devagar para trás, sem dar as costas para o cão.
3) Quando
estiver a pelo menos 2 metros de distância, tente subir numa árvore, num carro
ou no muro de uma casa.
4)
Se você estiver com algum objeto nas mãos, como uma
mochila, uma pasta ou um pacote, coloque-o na sua frente para que este seja a
primeira opção para o cão morder. Logo que ele avançar no objeto, faça
pequenos movimentos para que a atenção do animal esteja o tempo todo no objeto,
de forma que ele não parta para cima de você.
Se o ataque for inevitável
Fique em posição fetal, usando
mãos e braços para proteger a cabeça e o pescoço. O cão pode considerar isso um
sinal de submissão e reduzir a intensidade das mordidas. Permaneça imóvel até
chegar ajuda.
Como agir após a mordida
1) Cuide
imediatamente do ferimento, lavando-o com água e sabão e aplicando
anti-sépticos.
2)
Procure um serviço médico para avaliação dos ferimentos.
3) Tente
descobrir se o cachorro tem dono e qual é o seu endereço.
4) Mantenha o animal controlado
para observação clínica por dez dias, a contar da data do acidente.
Tome cuidado com qualquer cachorro bravo na rua e evite manter
muito contato visual ou fazer carinho em pets que você não conhecia antes.
Alguns parecem fofos, mas podem ser mais ferozes do que você imagina.
TEXTO ADAPTADO
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